quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eu, verbete

Editado pela Fundación SM, o Gran Diccionario de autores latinoamericanos de literatura infantil y juvenil, coordenado por Jaime Garcia Padrino, pretende abarcar a literatura infantojuvenil produzida nos países latinoamericanos. Ao lado de autores como Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Ana Maria Machado e Graciliano Ramos, na página 756, há o verbete Caio Riter, que apresenta principais obras e temas de minha literatura.
Figurar num dicionário, nunca me passou pela cabeça.

Mas é bom.

Dá uma sensação de se estar inserido, de fato, no universo da LIJ. Claro, sei que o que nos insere mesmo neste mundo fantástico da literatura é a capacidade que nossas palavras inventadas têm de ganhar mentes e corações, de incentivar a fantasia, de propiciar sonhos. Sei disso. Porém, creio que a história de um escritor vai se construindo no entre: crítica e leitores; prêmios e leitores, análises acadêmicas e leitores. Sempre desejei estar no entre.

E dicionários — além de cáctus, de edições de Alice e de imagens de São Francisco — sempre alimentaram meu espírito de colecionador. Adoro coleções. E agora, um volume de uma das minhs coleções faz referência ao meu fazer literário.

E é bom!

Eduarda no teatro!

Recebo notícia que me deixa bem feliz. A almofada, o castelo e o dragão, peça montada pelo pessoal do grupo Cuidado que mancha, a partir de um livro meu, Eduarda na barriga do Dragão (Artes e Ofícios, 2006) e em livros do Luís Dill e do Celso Gutfreind, devido ao sucesso de público, terá nova temporada no Casarão Verde - Shopping DC Navegantes.


Gosto de ver meus personagens em novas leituras. Creio que a palavra é mesmo semente solta ao vento, caindo nos mais diferentes terrenos e em alguns germinando. Sempre que um livro ganha outras leituras, creio que se abrem mais e mais portas para que sua história possa se enraizar no coração de novos leitores ou para que novos olhares sejam jogados sobre um texto já conhecido. Que venham mais peças, filmes, HQ, jogos de PC, o que vier. Estarei com meu coração escritor-leitor aberto. Sempre!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Outras Palavras 19 - Mário de Andrade


Quando sinto a impulsão lírica, escrevo sem pensar tudo o que meu inconsciente me grita. Penso depois: não só para corrigir, como para justificar o que escrevi.