Confesso: não sou homem de futebol, de campeonatos, de Copa. Claro que tenho meu time, que tenho minhas certezas de torcedor, mais por herança familiar do que por qualquer outra coisa.
Confesso que, em muitas Copas, quando liberado do trabalho para ir para casa assistir aos jogos, fui para o cinema ver um bom filme, ou para um sebo garimpar livros.
Todavia, confesso que desentendo tanta celeuma contra a Copa no Brasil. Muitos apregoando motivos estranhos, oportunistas, para menosprezar um evento de tamanho porte. Muitos contribuindo para uma imagem negativa do país em que vive. Ah, e não me façam tentar crer que isso é patriotismo, não me venham convencer do que detonar com seu próprio país é desejar o bem dele.
Confesso que ando com paciência pouca para isso. Fico querendo saber se, caso a Copa não tivesse vindo para o Brasil, se os mesmos detratores dela não estariam furiosos, fazendo manifestações, em virtude de o governo não ter tido jogo de cintura para atrair olhares para o nosso país. Creio que muitas manifestações não desejam o bem comum, mas apenas anseiam pelo poder. Só. Mais nada.
Vejo poucas proposições e muitas provocações. Vejo pouca construção e muita baderna.
Assim, só posso confessar mais isso: vou torcer para o Brasil. Vou pegar bandeira, vou estourar pipocas, vou sentar diante da tevê e gritar muito a cada gol brasileiro, a cada vitória de nossa seleção. Vou ficar desejoso do hexa. Não por que goste de futebol, mas porque adoraria ver essa gente calada na expectativa do próximo gol.
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