sábado, 25 de fevereiro de 2012

Sempre fui meio reticente com esta história de E-book.
E a surpresa veio com a seleção de meu livro O outro passo da dança, da Artes e Ofícios (o vendido juvenil em 2010 e 2011), que foi o único livro gaúcho contemplado com a bolsa de tradução da Biblioteca Nacional. Agora, ele virou e-book, e em língua inglesa: The other dance step.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Oficina de Criação Literária: literatura infantil


OFICINA DE CRIAÇÃO LITERÁRIA: A LITERATURA INFANTIL
com
CAIO RITER

A oficina de criação literária de literatura infantil é uma oportunidade para
pessoas que pretendam exercitar melhor a criação literária voltada às crianças,
a partir da crença de que o conhecimento técnico-teórico, bem como a reflexão
sobre textos literários, é de fundamental importância no aprimoramento
artístico.

DINÂMICA:
1. Reflexão sobre algum aspecto teórico relevante na construção textual,
2. Leitura de texto consagrado, analisando-o a partir da reflexão anterior,
3. Proposta de exercício de produção textual,
4. Discussão sobre os resultados dos exercícios, apontando avanços e possibilidades de correção de rumo.
5. Exercício para casa.

HORÁRIO:
A oficina ocorrerá nos sábados pela manhã, das 10h às 12h, na PALAVRARIA.
Serão três sábados por mês.

INVESTIMENTO:
120,00 mensais

VAGAS:
A oficina atuará com, no máximo, 10 participantes.

INSCRIÇÕES:
As inscrições deverão ser feitas na Livraria Palavraria, rua Vasco da Gama, nº 165, Bairro Bom Fim, Porto Alegre, Fone:
3268-4260

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Gente Nova 17: Lígia Savio

A Ligia Savio foi minha colega de trabalho. Professora querida e respeitada pelos seus alunos; leitora exigente. E, em andanças pelo Facebook, descubro a Lígia-poeta, palavras que mergulham na nostalgia do ser criança em seu vestido de magia, vestido sempre presente, sempre.

Eu tive um vestido
de Branca de Neve
da cor do arco-íris
de mangas bufantes
e todo em camadas.
Eu tenho uma foto
vestindo o vestido
de olhos fechados.
Por onde eu andava?
Mas sei que voava...
Tinha que ser assim:
usar tal vestido
de olhos fechados,
de alma lavada.
Acima do tempo,
de qualquer tristeza,
estou até hoje
vestindo o vestido
de Branca de Neve.


Escritos

Depois de alguns anos parado, retomo escrita de um juvenil. Parado em virtude de outros textos que acabaram tendo de ser escritos. Agora, sigo firme, sem interrupções, espero. Estou na página 40. Mais umas 30 e fecho a história, já toda arquitetada. Começa assim:

"Sempre há um não. E um tempo certo para dizê-lo. Se Susana soubesse disso, talvez tivesse sido uma filha revoltada; talvez tivesse gritado, brigado, chorado; talvez tivesse batido pé e dito que não sairia de sua cidade, de sua casa, de sua escola. Diria que não conseguiria viver sem suas coisas, sem seus amigos, sem as noites na casa da Clara.
Sem a Clara."

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Literatura Juvenil e identidade em O Rapaz que não era de Liverpool

Quando escrevemos, nunca sabemos ao certo que caminhos aquele texto vai percorrer: pode ficar numa gaveta, pode ir ao encontro do plano editorial de alguma editora, pode ser publicado, ser premiado, ser bastante lido ou apenas ser esquecido. Pode também atiçar a curiosidade leitura de um modo especial: olhas acadêmico. Aquele olhar leitor que procura desvendar os caminhos da criação, as intenções (racionais ou não) do escritor ao se debruçar sobre tal tema, ao construir tal arquitetura literárias. Pois vasculhando o google atrás das capas de alguns livros meus para postar o comentário abaixo, encontrei-me com um artigo acadêmico, Narrativa juvenil e identidade, apresentado por Camila de Souza Fernandes, na Universidade Estadual de Maringá - UEM, que analisa meu livro O rapaz que não era de Liverpool.

Caso alguém se interessar em ler o instigante trabalho da Camila, o link é este: http://www.cielli.com.br/downloads/67.pdf

Quatro livros selecionados pela Prefeitura de Fortaleza

Meus livros Meu pai não mora mais aqui e Pedro Noite, da Editora Biruta, O outro passo da dança, da Editora Artes e Ofícios, e O rapaz que não era de Liverpool, da Edições SM, foram selecionados pelo Programa de Modernização de Biblioteca da Prefeitura de Fortaleza.
Boa notícia neste início de 2012. Programas assim, além de fazer com que o mercado livreiro se movimente, faz com que livros possam, cada vez mais, ir ao encontro de leitores. Afinal, como já disse Castro Alves, aquele que semeia livros é bendito! E, para nós que escrevemos, aqueles que promovem a leitura e a aquisição de livros também se tornam benditos, pois propiciam que nos animemos a escrever mais e mais, na certeza de que a literatura tem um forte poder de transformação, visto que atua na criticidade e na emotividade. Mesmo que não percebemos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Crônicas cômicas de férias

Uma tal de crase

Cenário: Torres. Caio diante do descalabro linguístico que vai percebendo em certos anúncios, começa a fotografá-los, pensando, quem sabe, em usá-los em alguma prática pedagógica. Afinal, os professores têm em mente (mesmo em férias) apenas seus alunos, seus queridos alunos, seus amados alunos, nada mais além deles.
Pois bem, diante de um restaurante, Caio encontra uma placa em que o adjunto adverbial "à noite" está gravado sem o acento indicativo de crase.
Ele pede para sua caçula fotografar e indica o motivo:
"Falta o acento grave em à noite".
Um garçom, que está na porta do estabelecimento assediando possíveis comensais, ao ouvir o que Caio diz, fala:
"É que não se refere ao futuro. É a continuidade do evento".
Caio, pasmo, perplexo, estupefato, balbucia: "Ah tá".

Apenas dois laçarotes vermelhos

Caminhamos pela praia de Torres, olhos atentos ao mar, à paisagem tão bem desenhada, que faz com que as outras praias gaúchas morram de ciúmes. Resolvemos sair da areia e passear no calçadão. Nos dirigimos ao chuveirinho e nos deparamos com o inusitado. Uma veranista praticamente se banha sob o chuveiro, falta apenas cantarolar. De repente, ela vira-se de costas e o que vemos nos deixa, digamos assim, perplexos: a dita cuja traz tatuado em cada uma das nádegas, bem no meio de cada uma das nádegas, não sei se me entendem, no meio da bunda, um laçarote vermelho. Um em cada nádega, somando dois laços em perfeita harmonia. Eles, um de cada lado da buzanfa! Inacreditável!