quinta-feira, 31 de julho de 2008

Outras palavras 10 - Guimarães Rosa


Eu carrego um sertão dentro de mim, e o mundo no qual vivo é também o sertão. As aventuras não têm tempo, não têm princípio nem fim. E meus livros são aventuras, para mim são a maior aventura. Escrevendo, descubro sempre um novo pedaço de infinito. Vivo no infinito, o momento não conta.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Caio e os escritores 7 - Os patronáveis

Cada feira do livro de Porto Alegre é ocasião de homenagem a um autor gaúcho. Antes, porém, alguns nomes são lembrados, destacados, pelo tanto de contribuição que suas palavras literárias trazem. Mundos ficcionais são urdidos, palavras poéticas são sentidas, personagens ganham vida em nossos corações-leitores graças à inventividade do verbo destes a quem chamamos de escritores. Cada livro novo, uma nova surpresa. E, para a 54ª Feira do Livro, a Câmara Rio-Gradense do Livro destaca cinco autores: os patronáveis. Deles, virá o Patrono. Bacana conviver com três deles, bacana ver entre os patronáveis vários que também urdiram tramas para crianças e para adolescentes, bacana já ter sido leitor de seus mundos. São eles: Carlos Urbim, Charles Kiefer, Jane Tutikian, José Clemente Pozenato e Juremir Machado da Silva.

domingo, 27 de julho de 2008

Retratos de Caio - 4

Dar forma ao escritor que eles iriam conhecer numa tarde de sol foi desafio para alunos de um colégio estadual da Ilha dos Marinheiros. Abaixo, alguns novos retratos de Caio. O de cima é do Everton Lopes, o de baixo é do Renê. Dá vontade até de lançar uma enquete: qual deles me fez mais lindo?

Autor: Everton Lopes


Autor: Renê

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Mario Quintana: Faces e Interfaces do Poeta

Falar ou ouvir falar sobre o poeta de Porto Alegre sempre é motivo para encontro com a poesia. Celso Gutfreind abordará aspectos psicanalíticos da poesia de Quintana; Armindo Trevisan mergulhará na trajetória lírica e humana e Maria do Carmo Campos buscará perceber a face leitora de Quintana. Abaixo, maiores informações:

Mario Quintana: Faces e Interfaces do Poeta

Data: 30 de julho
Horário: às 19h30min.
Local: Teatro Bruno Kiefer, 6º andar.
Mesa-redonda com os debatedores Celso Gutfreind, Armindo Trevisan e Maria do Carmo Campos – mediação de Caio Riter
Valor: R$ 10,00, com desconto de 50% para estudantes, professores e pessoas com idade acima de 65 anos.
Vendas antecipadas: Livraria Kaçula (CCMQ - Andradas, 736 - telefone 3228.6762) e Zouk Livraria (Campus Centro da UFRGS - Paulo Gama, 110 - telefone 3280.3035).

A programação completa das atividades esta disponível no site
http://www.ccmq.com.br/.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Reinações da Bisa Bia

Amanhã, o 15º Encontro da Reinações. Desta vez, a discussão será com a obra de Ana Maria Machado, "Bisa Bia, Bisa Bel", um texto premiado que fala sobre nosso lugar no seio de uma família. Não estamos sós, há um passado que nos construiu e um futuro que nos aguarda e que depende de nós.

Oficina Literária no SINTRAJUFERS

Oficinas são sempre bom espaço para se pensar a criação literária. Em 1990, eu participei da oficina ministrada pelo Luiz Antonio de Assis Brasil, na PUC. Com certeza, se não a pioneira, pelo menos a mais consagrada por estes pagos. Pois em 1999, por indicação da Vera Karam, assumi a oficina no Sintrajufe, onde também coordeno o Concurso Literário Mario Quintana. Já foram em torno de 20 grupos de pessoas interessadas em aprimorar a escrita, dando uma forma mais literárias às suas histórias e buscando descobrir os caminhos e as possibilidades do escrever. Não se busca, é claro, formar escritores nas oficinas, mas orientar aqueles que desejam enveredar pelas searas da ficção.
Pois a Oficina do Sintrajufe está com inscrições abertas. Abaixo, algumas orientações.

Caio na mídia: Sarau Piratini


Correio do Povo, 18 de julho de 2008.

domingo, 20 de julho de 2008

Moça branca de baile vira curta-metragem

Estive na cidade de Feliz, na sexta, dia 18. A escola Jacob Benemann realizava sua 5ª semana da diversidade. Ocasião ímpar para conviver com a alegria, o empenho e a criatividade de alunos e de professores com questões fundamentais para a formação da cidadania. A principal delas, ser leitor. Foi bacana trocar idéias sobre A cor das coisas findas, Atrás da porta azul e A dobra do mundo. Todos meus publicados pela WSEditor. Em A dobra do mundo, enveredo por um universo que me agrada por demais: o sobrentaural. O livro, que foi finalista do prêmio Açorianos, categoria contos, em 2004, acompanha as andanças de um mascate pelo interior do Rio Grande e seus encontros com seres se sonhos e assombrações. O pessoal do 2º ano, turma 203, coordenado pelo Rodrigo Rott, deu vida a um conto meu: Moça branca de baile. Abaixo o link no youtube, tá muito bacana mesmo. Vale a penas trilhar os caminhos do susto.

A moça branca de baile

sábado, 19 de julho de 2008

Meu pai não mora mais aqui: sessão de autógrafos

Foi dia 12, um sábado de sol, que meu novo livro nasceu oficialmente. Sessões de autógrafos têm um pouco disto: ser meio que certidão de nascimento. Muitos os amigos que apareceram para aquele abraço necessário, a fim de que o escritor não se sinta ser desamparado atrás de uma mesa. Bom criar histórias, bom vê-las publicadas, bom ter amigos. Surpresa bacana também o projeto gráfico da Rex Design, que produziu um livro bonito, que convida à leitura. Visual de todos os livros da Coleção Histórias Descoladas, que a editora Biruta, este ano, põe no mercado. São seis os textos, seis os autores: A maldição do olhar, de Jorge Miguel Marinho; A última guerra, de Luiz Brás & Tereza Yamashita; Brincos de ouro e sentimentos pingentes, de Luiz Antonio Aguiar; O segredo do tempo, de Sandra Pina; e Baratinada, de Marília Pirillo. Abaixo, foto do lançamento de Meu pai não mora mais aqui





Meu escrever

No encontro com leitores, sempre surgem muitas perguntas e estas, por vezes, nos fazem pensar sobre o próprio processo da escrita. Foi assim no Colégio Piratini, em Porto Alegre. Perguntaram-me sobre o entrar no personagem. Aquela idéia sobre o personagem ganhar vida. Falei-lhes sobre a proposta do Dufrenne, que diferencia o poeta inspirado do poeta artesão. O primeiro, mero títere nas maõs de uma força (quase divina) chamada inspiração. O outro, artífice de seus mundos ficcionais, ele a mão que dá forma aos destinos de seus personagens.
Mas...
eu não acredito no personagem que comanda o autor. Há — a meu ver — um processo racional no ato da escrita. Eu, o comandante, não delego a ninguém, muito menos aos personagens, a condução da história. Levo-os aonde desejo que vão. Sou a mão condutora. Há um destino traçado por mim que deve ser cumprido, e a caminhada de meus seres ficcionais seguirá nesta direção.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Meu pai não mora mais aqui

Caio Riter lança “Meu pai não mora mais aqui”

Dia 12/julho/2008, a partir das 17h
Letras & Cia Livraria – rua Osvaldo Aranha, 444

Caio Riter lança, no dia 12 de julho, novo livro dedicado ao público jovem. Em Meu pai não mora mais aqui (ed. Biruta), o autor aborda o universo de perdas representado pela separação dos pais e pela morte. Num texto polifônico, em que as vozes adolescentes se diferenciam por sutis nuances, Letícia e Tadeu contam os seus amores escondidos, os afetos e desafetos pelo mundo adulto, as curtições e as carências, a separação entre pessoas queridas e a amizade; até mesmo o próprio sentido da vida e da solidão é questionado. Mas, embora mergulho na intimidade adolescente, o texto — num projeto gráfico ousado, de autoria Rex Design, com ilustrações de Gustavo Piqueira e Samia Jacintho — abre também espaço para questões peculiares ao mundo adolescentes, tais como disputas entre amigos, ficações, namoros, música e esporte.
A história, segundo o autor, nasceu das trocas, via msn, que teve durante alguns meses com um leitor, o Tadeu Fiorentin, morador em Nova Bassano-RS, que, aos poucos, foi lhe desenhando o retrato de um dos protagonista.



terça-feira, 8 de julho de 2008

Patrono da EM Décio Martins Costa

Dia 02 de julho foi momento de encontro com a leitura na escola Décio Martins Costa, em Porto Alegre. Eu, o patrono da 8ª Feira do livro, meio a crianças alegres e motivadas para a leitura. Muita música, muitas apresentações e muita troca. Pessoal que curte a leitura. Na noite, um encontro com os professores, momento de partilha e de encontro em que a leitura era o prato principal.

O depoimento:

Nossa escola está em festa!!!! É a semana da 8ª Feira do Livro e nosso patrono é o escritor Caio Riter. Na última quarta-feira, dia 02 de julho, foi a abertura da feira com a presença do escritor. Apresentações, homenagens, e uma conversa muito legal com o autor homenageado. Nossa turma elaborou um texto coletivo, falando sobre o evento. Aqui está..." Na 8ª Feira do Livro da E. M. Décio Martins Costa o autor homenageado é o Caio Riter. Os alunos se reuniram no salão da igreja e fizeram algumas apresentações. Tinha teatro, canções, a banda mirim da escola, declamação de poesias.O Caio Riter contou algumas histórias engraçadas. Depois os alunos fizeram algumas perguntas. Ele brincou com as crianças e com os professores.Nossa turma achou que o Caio Riter ficou feliz com todas as apresentações e gostou e de ser o patrono da feira.Para homenagear o autor nós apresentamos uma canção chamada Noite de São João, na abertura da feira e fizemos um painel com trabalhos de recorte e colagem sobre o livro "Teiniaguá A Princesa Moura Encantada", que está exposto no auditório, onde a feira está acontecendo

Em Gramado: Colégio Cenecista

Abaixo, seguem foto e depoimento sobre minha visita ao Colégio Cenecista Visconde de Mauá, onde encontrei leitores extremamente atentos, que mergulharam em meus mundos literários, orientados pelas professoras, com uma profundidade ímpar. Leram A cor das coisas findas, Atrás da porta azul e A dobra do mundo, todos publicados pela WSEditor. Momento rico, de troca!

O depoimento:

Escritor em sala de aula

No dia 19/06/08, o escritor Caio Riter visitou o Colégio Cenecista Visconde de Mauá e realizou encontros individualizados com as turmas: 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.
O escritor que é Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo; tem Licenciatura em Letras – Língua Portuguesa e Literaturas; mestre em Literatura Brasileira e doutorado em Literatura Brasileira (em andamento); professor de Literatura nas Faculdades Porto-Alegrenses e de Língua Portuguesa no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho/ POA, assistiu a trabalhos que os alunos das séries referidas fizeram, após as leituras das obras: “Atrás da porta azul” (5ª); “A cor das coisas findas” (6ª); “A dobra do mundo” (7ª e 8ª). Foram apresentações dramatizadas, cantadas e aprofundadas em forma de debates.
A manhã de quinta-feira ficou mais “quentinha” e cultural, à medida que o corpo discente mostrou que leitura é a base do conhecimento e que causa a descoberta de novos horizontes. Neste processo educativo, segundo o autor, é de suma importância a participação do professor, que interfere e esclarece aquilo que é lido. Conforme as palavras de Caio Riter: o professor é o farol que fornece a luz do conhecimento e dá à leitura o seu devido significado de desdobrar as dobras do mundo, definir a cor das coisas findas, descobrir o que há por trás de portas azuis ou de qualquer outra cor.
As professoras de Língua Portuguesa Anabela Sartori (5ª e 7ª) e Cleidiara Feiten (6ª e 8ª), afirmam que foi uma atividade gratificante e que as mesmas obras serão ainda defendidas e explanadas na III Conferência Literária CNEC, que acontecerá em julho/2008.
Os alunos declararam que sempre é bom conhecer personalidades literárias e que se tornam mais prazerosas atividades como esta, de leitura, esclarecimento de questionamentos com o próprio escritor e idealizador da obra.

A foto: