sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Matéria na ZH

Hoje, no jornal Zero Hora, matéria de Caue Fonseca, sobre o lançamento de meu livro de contos Vento sobre terra vermelha, editora 8Inverso. Gostei de ver minhas história através do olhar sensível e revelador do Caue. Bacana quando isso acontece: literatura ressignificando-se para o próprio autor através de um viés crítico.
Segue link para a matéria:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2012/08/caio-riter-retorna-a-literatura-adulta-em-vento-sobre-terra-vermelha-3869921.html

sábado, 25 de agosto de 2012

Sopram novos ventos...

       Minha escrita, e gosto disso, ficou bastante focada em dois públicos: crianças e adolescentes. Todavia, embora livros infantis e juvenis tenham preponderância em minha bibliografia, não abandonei os textos adultos. Por vezes, surge um poema, um conto. Ou um projeto de livro de contos, como o que desenvolvi há alguns anos e que recebeu alguns nãos editoriais. Mas agora o vento sopra a favor destas histórias escritas durante um período bem longo, que, aliás, não sei precisar. Todavia, são contos que conversam entre si: dores existenciais, descobertas nem sempre felizes, que vão dando conta do existir de homens e de mulheres, alguns ceifados da vida ainda crianças. São mergulhos na vida, através de meu olhar, que poderia ser outro, sei, porém não foi.
 
 
      Gosto do gosto da dor ficcional. Gosto de ser dedo roçando na ferida viva do ser gente, gosto de coletar retalhos de imaginação que possam obrar o existir, através do fingimento que, por fingir-se, acaba por se tornar possibilidade.
      Assim, abaixo, um trecho de um dos contos de "Vento sobre terra vermelha", que lanço no dia 01 de setembro, a partir das 17h, no espaço cultural 8Inverso, rua Azevedo Sodré, 245, Passo da Areia, Porto Alegre.
 
       Tinha muitos livros. Pouco espaço, aliás, sobrava naquela peça da casa. Uma sala grande, duas janelas estreitas e altas, cortinas claras, uma mesa de madeira escura no centro, uma estatueta de um velho cavaleiro armado, e livros. Muitos. A biblioteca, assim ele a nominava. De onde vieram tantos volumes, ninguém nunca soube ou desejou precisar. Ter assim tantos, aquela quantidade de livros, impossível de ler tudo numa única vida, era coisa de louco ou, no mínimo, de quem muito pouco teria para fazer. Como Arno Kunz, médico aposentado, vindo com os pais da Alemanha ainda bebê, enrolado em cueiros. O Doutor, como era chamado por aquelas bandas. O Doutor, o homem dos livros. Como se foi no chegado, também não interessava. A fama se fazendo, quer pela propriedade da medicina, quer pelo inusitado dos espaços sendo tomados pelos livros. Hoje, não andava mais pelas fazendas e caminhos a tratar bicheiros e vermes em crianças, mas vez que outra ainda era acordado na noite para o ajude de um ou outro vivente querendo vir ao mundo e atravessado na barriga, assim estando, como ocorrido com a Marcela. Mundo tão cheio, e tantos no chegado, resmungava sua mulher, cada vez que o Doutor de posse de uma maleta branca, com cruz vermelha encimada, saía no trote da pequena charrete.
— É a vida no continuado, Clarice, a vida no prolongado.
 
Conto: O colecionador de livros
 
 

Igrejas de Taquara

Todo mundo que me segue, que acompanha esse blog, sabe que eu curto igrejas e suas torres. Sempre que encontro uma aberta, logo entro a fim de fazer três pedidos. Dizem que, caso entremos numa igreja pela primeira vez, basta pedirmos três graças e elas ocorrem. Confesso que sempre faço meus pedidos e que muitos deles, de fato, aconteceram.

Catedral Luterana de Taquara

E essa semana fui a Taquara e me deparei com duas igrejas. As duas lindas: uma Luterana; a outra Católica. Uma bem em frente à outra. Dizem que do altar de uma, caso as portas estejam abertas, pode-se ver a outra.

Catedral Nosso Senhor Bom Jesus

Bueno, não pude comprovar isso. Apenas uma delas estava aberta, a de Nosso Senhor Bom Jesus. A foto é dentro dela e serve como moldura para a catedral luterana as portas da católica. Lindo de ver.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Sessão de autógrafos marca lançamento de Caio Riter na 8INVERSO


A Editora 8INVERSO marca o lançamento da nova coletânea de contos adultos do escritor gaúcho Caio Riter com sessão de autógrafos e encontro com o autor. "Vento sobre terra vermelha" reúne, em 184 páginas, 15 contos que falam de personagens marcados pela estranheza e pela fatalidade, envolvidos em histórias de buscas por si mesmos e por algo maior em suas vidas. A obra é o primeiro título do autor publicado pela 8INVERSO. O evento de lançamento acontece no dia 1º de setembro, a partir das 17h, na nova sede da editora (Rua Azevedo Sodré, 275, bairro Passo d´Areia, Porto Alegre/RS).

Pela sua popularidade com o público infantojuvenil, Caio Riter esperou o momento certo pata publicar Vento sobre terra vermelha, obra que conta com apresentação da escritora Cintia Moscovich:

— Embora nos últimos anos tenha publicado apenas livros para crianças e adolescentes, segui escrevendo para adultos, sobretudo poesias e narrativas curtas. Porém, a dificuldade de publicar textos fora do nicho infantojuvenil sempre foi grande, em virtude de já ter formado um público jovem e infantil que acompanha minha trajetória — revela Caio, que fala do potencial de sensibilização dos contos de Vento sobre terra vermelha:

— Tento escrever histórias que emocionariam a mim, que me fariam ter desejo de mergulho na fantasia. Se o leitor perceber isso, se minhas palavras forem ao encontro do que deseja seu coração, bem, aí creio que a literatura acontece — diz.

Evento abre nova sede da 8INVERSO ao público

Desde julho de 2012 em novo endereço, a 8INVERSO abre as portas de sua nova sede ao público para a sessão de autógrafos de Caio Riter, primeira atividade de uma programação que promete ser intensa. O crescimento contínuo, os investimentos feitos no último ano e os fortes acréscimos ao catálogo obrigaram a editora a mudar-se de uma sala comercial para uma casa na Zona Norte de Porto Alegre. Agora, com espaços para receber eventos e promover oficinas literárias e palestras, a nova sede da 8INVERSO reflete os novos desafios que a empresa propõe-se a enfrentar. O endereço é: Rua Azevedo Sodré, 275, bairro Passo d´Areia, em Porto Alegre.

Serviço
O QUE: Sessão de autógrafos e lançamento do livro “Vento sobre terra vermelha”, de Caio Riter.
QUANDO: 1º de setembro, a partir das 17h.
ONDE: Editora 8INVERSO – Rua Azevedo Sodré, 275, bairro Passo d´Areia, Porto Alegre/RS.

Assombros Juvenis 2: os vencedores

Legal, quando uma iniciativa, como a da REINAÇÕES, dá frutos. E o Concurso Assombros Juvenis, atingiu sua segunda edição. Foram 40 textos inscritos e o júri, composto pelos confrades Christian David, Liza Petiz e Rodrigo Barcellos, escolheram os dez textos que farão parte da antologia 2012. Parabéns aos vencedores. Legal ver escritores que passaram por minhas oficinas dando passos vitoriosos.
 
VENCEDORES DO 2º CONCURSO LITERÁRIOS ASSOMBROS JUVENIS
PARCERIA REINAÇÕES: CONFRARIA DA LEITURA e
CÂMARA RIO-GRANDENSE DO LIVRO-CRL
APOIO: CORAG
1. NOITE NA MATA, de ANDRÉ CARLOS MORAES
2.CHARLIE, de CATHERINE DE LÉON
3.O HOMEM DO SONHO, de CARMEN MACEDO
4.DAQUELES QUE SE FORAM, de CLEO DE OLIVEIRA
5.BLUES, de DIRLENE MARIMON
6.SOMBRA, de FELIPE CARVALHO
7.O BURACO, de GABRIEL ENGELMAN MADEIRA
8.O TORCE-BRAÇO, de PATRÍCIA LANGOIS
9.BULITA, de SANTIAGO CASTRO
10.JOGOS PROIBIDOS, de VERA BERNHARD
Obs. As indicações seguem na ordem alfabética por autor.

domingo, 19 de agosto de 2012

A torre engaiolada

Gosto de igreja. Basta passar na frente de uma para ter vontade de entrar. Quando estive em Torres, no mês passado, passei em frente à histórica Igreja de São Domingos, que está passando por reforma. Não pude deixar de ver sua torre como se fosse um pássaro sem liberdade, toda envolta que estava por grades.

sábado, 11 de agosto de 2012

Teiniaguá na Crescer

Surpresa boa: a Revista Crescer apresenta uma série de livros que bebem na fonte das águas do folclore nacional. Entre eles, cita meu livro Teiniaguá, a princesa encantada. Reconto de uma das lendas mais representativas do imaginário do Rio Grande do Sul e que ficou imortalizada na versão de Simões Lopes Neto, chamada "A salamanca do Jarau". Este meu livro faz parte de uma série, publicada pelo editora Scipione, que busca publicar lendas representativas dos diversos estados da Nação. Minha Teiniaguá representa o Rio Grande. Abaixo, o link da matéria da Crescer.

http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/folclore-literatura-695561.shtml?utm_source=redesabril_educar&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_educar&utm_content=aprendizagem

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Giovanna Martins Cardoso, minha querida leitora, é aluna da professora Viviane no Liceu Santista em Santos. Abaixo, suas palavras que conversam com as minhas. E é tão bom quando essa sintonia acontece.

Eu e a Coleção Grilos

Giovanna Martins Cardoso – 9.º C

 Debaixo de mau tempo, Artes e Ofícios Editora, conta a história de Renato, um menino tímido, com um amor não correspondido e muitos problemas pessoais, um perfil que já faz com que nos identifiquemos muito com ele. Numa manhã de tempo feio, Renato sai para remar, porém uma tempestade o obriga a buscar refúgio numa ilha onde encontrará uma realidade totalmente diferente daquela em que vive. Por um momento, ele pÿde esquecer sua timidez e experimentar novas vivências que a adolescência lhe propunha, que antes nunca tivera chance de conhecer.
Comecei a imaginar o que aconteceria se por um momento eu me desligasse de tudo, se eu simplesmente fosse para um mundo longe dos problemas que enfrento. E é essa a reflexão que o leitor acaba fazendo sobre a própria vida, que torna o livro tão interessante. Perguntas como, “Será que eu me sentiria mais feliz? Ou apenas deslumbrada? Será que realmente valeria a pena? O que eu diria às pessoas que mais amo em meu regresso? Invadem a cabeça do leitor fazendo-o analisar suas atitudes.
O livro é com certeza uma ótima opção para adolescentes que em sua maioria estão sempre achando que estão debaixo de mau tempo e vivem idealizando um mundo paralelo.

P.S. Fiquei curiosa a respeito do autor, Caio Riter. Já havia lido outra obra dele (Um Na Estrada, editora Melhoramentos) onde o protagonista tinha muita afeição à figura da avó, enquanto seus pais eram um tanto distantes. O mesmo acontece em Debaixo de mau tempo.