quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Palavras 29


FÉRIAS - Tempo para a gente dar um tempo para a gente. Muitos há, todavia, que se envolvem com atividades mil. Talvez não tenham palavras para si mesmos.

Retratos de Caio 13

O olhar do leitor sobre o escritor sempre é tentativa, creio, de registro. Gosto quando professores desafiam seus alunos a imaginarem o Caio que irão encontrar. Já me retrataram negro, gordo, de bigode, de olhos de todas as cores, de cabelos compridos, enfim.
Abaixo, segue a visão do Elias, um adolescente que, a partir de um foto minha, me registrou em
grafite.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Boas Notícias

2011 começa com duas boas notícias. Afinal, pra quem escreve, sempre é bom que seus livros possam estar cada vez mais junto aos leitores. Assim, são vários os projetos do governo que envolvem a aquisição de livros, visando à formação de leitores qualificados. Creio que tais projetos, de certa forma, fazem com que o livro possa virar necessidade vital. Só assim, só os livros se tornando necessários, é que se pode formar leitores críticos, criativos, imaginativos.


Por isso, fico muito feliz em sabeer que dois livros meus foram selecionados por programas de governos que creem que a leitura é gênero de primeira necessidade. Meu livro O outro passo da dança (Artes e Ofícios) foi selecionado para fazer parte do KIT-ESCOLAR de Contagem-SP, e O rapaz que não era de Liverpool (Edições SM)fará parte do programa MINHA BIBLIOTECA, da prefeitura de São Paulo.

E lá se vão meus personagens ao encontro de mais e mais leitores. E que o contato entre eles seja especial e produza bons frutos de leitura.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Pedro lendo...

Uma criança mergulhada em palavras é sempre certeza de que a magia do sonho se renova, de que aqueles que apregoam o fim dos livros, das narrativas, das histórias ainda terão muito que esperar. Eu creio nisso. Por isso, posto o mergulho do Pedro em meu livro O reino todo quadrado (Paulinas). Não é cena linda?

Sobre a escrita 1

"Quando escrevo, a razão estrutura a inspiração; o coração preenche os vazios." - Caio Riter

domingo, 16 de janeiro de 2011

Entrevista

Em 2007, a partir da percepção do pouco caso com que muitas vezes a Literatura Infantojuvenil é tratada pela mídia e por muitos promotores de cultura, eu e mais um grupo de amantes da LIJ fundamos a REINAÇÕES: Confraria da Leitura de Textos para Crianças e Adolescentes, que se reúne já há quase quatro anos (estamos semana que vem realizando o 45º encontro) para debater, conversar, falar sobre LIJ. Temos também um blog, onde muitos confrades deixam suas palavras sobre literatura, a fim de que possamos trocar mais e mais ideias, aprofundando ou revendo as que temos.Desta vez, o PALAVRA DE CONFRADE 15 é comigo. Deixei lá algumas impressões minhas sobre a confraria e sobre o fazer literário. Abaixo, a primeira resposta minha à pergunta-padrão da entrevista. Quem quiser ler a entrevista na íntegra, acesse o link: http://confrariareinacoes.blogspot.com/search/label/Palavra%20de%20Confrade

Palavra de Confrade 15:
1. Em que aspectos, na sua opinião, a literatura infantojuvenil reina?

Escrever para crianças e adolescentes é, caso nosso texto vá em direção aos seus corações, certeza de plantar semente em solo fértil. A literatura infantojuvenil, neste sentido, acaba sendo de fundamental importância na construção de pessoas que curtam ler. Assim, é ela que determina os alicerces do leitor, sendo pois senhora absoluta dos caminhos de muita gente que, graças à leitura de um bom texto em sua infância ou em sua adolescência, acabou tornando-se pessoa que não consegue viver apartada das palavras literárias. Há, claro, a necessidade também de não subestimar o leitor: quando a literatura infantojuvenil desperta prazeres estéticos, aí sim, ela reina.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Confissão de Porto-alegrense

Confesso!
Creio que blogs também são lugares que propiciam confissões. Públicas. Tipo aquelas que algumas criaturas (não sei bem por quê) fazem naqueles programas B televisivos. O cara não tem coragem de contar para a mãe que é gay, aí vai a um programa de auditório e revela. A mulher não tem coragem de contar ao marido que o trai periodicamente, aí, o que ela faz...
Bueno, vou confessar e espero que minhas palavras encontrem eco.
Pois, então, adoro Porto Alegre no verão. Ou. Não sou do tipo que fico querendo praia, mar, areia.
Não gosto de sol e de areia.
Não curto o calor queimando minha pele. Fico, feito sei lá o quê, me escondendo debaixo do guarda-sol, querendo o tanto do pouco de sombra que ele me oferece.
Gosto de estar com a família, gosto de caminhar sentindo a água nos pés. Disso gosto. De praia, não. Do cheio de gentes disputando espaço na areia, não.
Prefiro meu corpo branquinho, bem branquinho.
Prefiro os cinemas sem tantas gentes, os restaurantes sem tantas gentes, os parques sem tantas gentes, as ruas sem tantas gentes, Porto Alegre sem tantas gentes.
Pronto, agora sou réu-confesso!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Pedro Noite

Início de ano sempre é tempo de reinícios. Um livro novo, editado, pronto para ser levado ao encontro dos leitores, é sempre também possibilidade de recomeço. Nunca sabemos qual a história que um livro irá escrever, quais as almas que ele vai conquistar, quais os sonhos que irá incitar, quais as consciências que irá problematizar. Um universo de dúvidas se cria para aquele
que o engendrou, motivado sabe-se lá por quê.

Um livro, no entanto, é sempre condição de soma.

Assim, quando novo livro meu está prestes a ultrapassar as fronteiras da edição e ganhar as estantes, cria-se em mim certa expectativa. Não que eu fique esperando algo além de meu texto ser lido por alguém (que é o motivo, afinal, pelo qual escrevo). Mas que a história pensada por mim possa ser carinho no coração do outro e que possa ir além, sempre além, ao encontro de mais e mais leitores.


Pois logo o Pedro Noite, livro escrito há muito, edição da Biruta, e que está belamente ilustrado pelo Mateus Rios, iniciará seu périplo. Ilustrações que recuperam, creio, o clássico das ilustrações infantis. Livro que é minha primeira incursão no universo da prosa-poética. Livro que nasceu de um encontro especial que tive em minha vida com um cara especial também, cheio de alegria pela vida, o Pedro Francisco.


Abaixo, apenas para criar desejo de leitura, a capa pensada pelo Mateus para o meu Pedro.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Palavras 28


SILÊNCIO - Se nada escrevo é porque nada há para ser escrito. Prefiro o silêncio às palavras vãs.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Adote um Escritor ganha prêmio

O V Prêmio Joaquim Felizardo, oferecido anualmente pela Secretaria de Cultura de Porto Alegre premiará, na categoria Literatura, o Projeto Adote um Escritor, que, numa parceria entre CRL e SMED, tem por objetivo fomentar o surgimento de mais leitores na cidade. Uma atividade que se estende por todas as escolas municipais e que, de fato, aproxima livro-escritor-leitor. Prêmio merecido, com certeza. A coordenação, na SMED, é de Cristina Rolim Wolffenbüttel, e na CRL, de Sônia Zanchetta. A elas, e a todos que de certa forma acreditam e contribuem com o Projeto, meus parabéns.

A premiação ocorrerá dia 18 de janeiro, às 20 horas e 30 minutos, no Teatro Renascença.



Nas fotos, eu participando de atividade do Adote na EM Campos do Cristal


Abaixo, para quem não conhce, algumas informações sobre o Programa de Leitura Adote um Escritor:
O Programa de Leitura Adote um Escritor objetiva articular a leitura e o trabalho transdisciplinar de obras literárias, constituindo-se na política de leitura da Secretaria Municipal de Educação. Destina-se às escolas da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, incluindo Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Especial e Educação de Jovens e Adultos. O Programa conta com dotação orçamentária própria da Prefeitura de Porto Alegre, sendo a verba encaminhada diretamente às escolas, para que possam adquirir obras literárias que passam a compor suas bibliotecas escolares.Dentre as ações do Programa está aquisição de obras literárias de autores (escritores e/ou ilustradores) do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil. Para o pleno desenvolvimento do Programa, a Smed mantém assessoria pedagógica constante às escolas, para que as mesmas apropriem-se amplamente da obra de um autor, o qual é escolhido coletivamente pela escola. Posteriormente, o autor realiza uma visita à escola, objetivando um contato mais próximo com toda comunidade escolar. Como complemento ao Programa, são realizadas visitas à Feira do Livro de Porto Alegre. A fim de potencializar o Programa, anualmente a Secretaria de Educação firma convênio com a Câmara Rio-Grandense do Livro, objetivando estabelecer parceria com os autores, viabilizando e articulando suas visitas às escolas. Em 2010 beneficiou diretamente 221.017 pessoas, incluindo estudantes, professores, familiares e autores. O Programa de Leitura Adote um Escritor já recebeu prêmios e menções nacionais e regionais, incluindo:
2006: Finalista Prêmio Fato Literário
2008: Finalista Prêmio Fato Literário
2010: 3º lugar no Concurso FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil)/Petrobrás Os Melhores Programas de Incentivo à Leitura junto a Crianças e Jovens de todo o Brasil.

Quem dera ações como as do Adote possam se espalhar para além das fronteiras. De qualquer fronteira. Bom também poder ser escritor participante.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Outras Palavras 22: Jorge Amado


Viver é muito mais importante do que escrever. O que eu escrevo nasce da vida que eu vivo.(...) Cada livro, a meu ver, corresponde a um momento determinado da experiência de vida e da experiência literária do escritor.