segunda-feira, 25 de julho de 2011

Fragmentos Literários 5

De Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, Zahar.






"Alice estava começando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado da irmã na ribanceira, e de não ter nada que fazer; espiara uma ou duas vezes o livro que estava lendo, mas não tinha figuras nem diálogos, e de que serve um livro, pensou Alice, sem figuras nem diálogos?" (p.13)

1ª Feira Literária de São Bernardo


No dia 13, estarei participando da 1ª Feira Literária de São Bernardo do Campo-SP, com convite da FNLIJ. Estar entre leitores é sempre alegria ímpar. Estar entre leitores e livros e escritores é melhor ainda!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Palavras 31




CORPO - Possibilidade maior de toque, pele na pele da tua pele, calor de teu corpo no meu.

sábado, 16 de julho de 2011

Segunda confissão

Confesso.
Sou réu-confesso, como já disse aqui. Aliás, a virtualidade tem seu tanto de confessionário. Mal nos colocamos diante do falso anonimato que um blog oferece e nos desejamos confessionais.
Pois confesso.
Confesso que estes dias cinza me têm cansado. Confesso que essa umidade de dias que choveram sobre mim, sobe a cidade, engolindo o pouquinho de sol que despertou ontem, tem me incomodado por demais.
A chuva, claro, tem seu tanto de recolhimento. Oferece-se para que fiquemos por casa, atirados ao ócio de fazer apenas o que nos convém, o que desejamos. Isso quando é possível. Na maioria das vezes, aprisionar-se em casa atrai obrigações.
A chuva por vezes me imobiliza, me prende entre as paredes de casa, quando meu desejo é embrenhar-me na vida.
Confesso que estou cansado de frio e de chuva, confesso que a previsão estampada no jornal de que minha primeira semana de férias será recheada de raios e de trovões não me encanta. Nada. Nem um pouco.
E pensar que já houve tempo que o frio me aconchegava. Hoje (estarei ficando velho?) ele é só incomodação.
Confesso.

Outras Palavras 25 - Charles Bukowski



Nunca escrevo de dia porque é como ir pelado a um supermercado – todos te podem ver. À noite é quando saem os truques da manga… E vem a magia.





REINAÇÕES 51



Definições II

No facebook, propus a série Definições. A ideia é, a partir de uma palavra, criar uma definição poética para a mesma. A palavra de Julho foi (como não podia ser diferente) INVERNO. E a definição vencedora foi a de REGINA PORTO:


Inverno é hibernar no interior: do lar, do bar, da alma.

Tantos barulhos

Ando poetando ruídos, sons, barulhos. Mergulhar nas palavras poéticas tem sido caminho de desafio para mim. Acertar a justa medida entre a reflexão sobre a vida e o brincar é algo que admiro por demais em alguns poetas. Acho a forja das palavras poéticas exercício mais árduo do escrever. E tem gente que o faz com tanta naturalidade, com tanta sensibilidade.
Eu quero ser aprendizagem poética.
Estou tentando.
Logo meus poemas se entregarão aos olhares infantis. Sou aguardo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Palavras 30



MONTANHA - Se a vida é montanha, atingir o cume nem sempre é condição. Mais vale o caminho.

O meu retrato

Gosto de adaptações. Não aquelas que mutilam o original, não aquelas cujo adaptador quer reescrever o clássico. Gosto de textos que conversam com o texto-mãe, aqueles cujo adaptador pede a bênção ao autor e tenta ser ponte entre o original e o jovem.
O desejo de mergulhar em um clássico, percebendo seu potencial de atração ao público jovem contemporâneo sempre me seduziu. A primeira experiência (e dizem que a primeira jamais esquecemos) veio com Notre-Dame de Paris, do Victor Hugo. Texto gótico, com seu jogo de sensualidade, de dor, de abdicação, que sempre me atraiu pelo tanto de emoções que suscita entre os personagens e no leitor. Depois, ano passado, enveredei pela adaptação de um clássico para as crianças: Aladim e a lâmpada maravilhosa. E agora, não faz muito, minha adaptação para o clássico do Oscar Wilde, O retrato de Dorian Gray, se torna livro, se torna possibilidade de encontro com os jovens. A história do jovem Gray e o tanto de sobrenatural que o envolve é sedução plena. A tentativa de permanecer jovial e belo acaba por destruí-lo como gente. E se o retrato pereniza Dorian, quero mais é que minha versão possa também perenizar o clássico de Wilde no coração de muita gente que se inaugura na leitura de clássicos.