O desejo de mergulhar em um clássico, percebendo seu potencial de atração ao público jovem contemporâneo sempre me seduziu. A primeira experiência (e dizem que a primeira jamais esquecemos) veio com Notre-Dame de Paris, do Victor Hugo. Texto gótico, com seu jogo de sensualidade, de dor, de abdicação, que sempre me atraiu pelo tanto de emoções que suscita entre os personagens e no leitor. Depois, ano passado, enveredei pela adaptação de um clássico para as crianças: Aladim e a lâmpada maravilhosa. E agora, não faz muito, minha adaptação para o clássico do Oscar Wilde, O retrato de Dorian Gray, se torna livro, se torna possibilidade de encontro com os jovens. A história do jovem Gray e o tanto de sobrenatural que o envolve é sedução plena. A tentativa de permanecer jovial e belo acaba por destruí-lo como gente. E se o retrato pereniza Dorian, quero mais é que minha versão possa também perenizar o clássico de Wilde no coração de muita gente que se inaugura na leitura de clássicos.
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