sábado, 16 de julho de 2011

Segunda confissão

Confesso.
Sou réu-confesso, como já disse aqui. Aliás, a virtualidade tem seu tanto de confessionário. Mal nos colocamos diante do falso anonimato que um blog oferece e nos desejamos confessionais.
Pois confesso.
Confesso que estes dias cinza me têm cansado. Confesso que essa umidade de dias que choveram sobre mim, sobe a cidade, engolindo o pouquinho de sol que despertou ontem, tem me incomodado por demais.
A chuva, claro, tem seu tanto de recolhimento. Oferece-se para que fiquemos por casa, atirados ao ócio de fazer apenas o que nos convém, o que desejamos. Isso quando é possível. Na maioria das vezes, aprisionar-se em casa atrai obrigações.
A chuva por vezes me imobiliza, me prende entre as paredes de casa, quando meu desejo é embrenhar-me na vida.
Confesso que estou cansado de frio e de chuva, confesso que a previsão estampada no jornal de que minha primeira semana de férias será recheada de raios e de trovões não me encanta. Nada. Nem um pouco.
E pensar que já houve tempo que o frio me aconchegava. Hoje (estarei ficando velho?) ele é só incomodação.
Confesso.

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