sábado, 28 de maio de 2011

Recado de leitora

Professor!
Fui sua aluna na FAPA (se eu não recordo o ano, não vou pedir para que se lembre de mim ). Pois bem. Muito mais do que essa tentativa de reconhecimento, quero parabenizar-lhe pela maravilha que li nesta tarde. Minha escola, também por minha aprovação, escolheu Caio Riter como autor deste ano do nosso Projeto Fome de Ler.
Leciono em uma das unidades da Ulbra e, para este projeto, estamos selecionando obras suas para as turmas de Fundamental II e Médio. "O outro passo da dança" traz uma sutileza, uma maestria com a arte das palavras, a estrutura...
Fiquei profundamente tocada! Muito obrigada por este momento.
Grazieli Madeira Vieira

sábado, 14 de maio de 2011

Sobre a escrita 4

Não tenho nenhum ritual que me faça mergulhar no universo da escrita. Não sei se por ser capricorniano e ter nascido sobre o signo da racionalidade, não sei se por acreditar que o melhor caminho é planejar, não sei, o fato é que não acredito na ideia de que para escrever são necessários determinados rituais. Não preciso nem mesmo do tão apregoado isolamento. Necessito apenas, e tão somente, de um esquema norteador e de saber para onde vão meus personagens.

Palavra de professora

Quando se escreve, perde-se a noção de que caminhos nossas histórias trilharão até chegarem ao coração dos leitores. Assim, partilho as generosas palavras da professora mineira Inês, que recebi nesse sábado cinza.

Prezado Caio,
sou professora de língua portuguesa da rede pública de Minas Gerais.
Há três anos desenvolvo o projeto Confissões de um "Bixo Grillo", nesse projeto os alunos escreve em um diário.Uma aluna ao encontrar seu livro MEU PAI NÃO MORA MAIS AQUI, na biblioteca da escola onde leciono para alunos do primeiro ano do Ensino Médio, ficou encantada e fez-me ficar encantada também.Parabéns por saber falar a língua dos nossos jovens.Seu livro deixou-me muito contente com o o projeto Confissões de um "Bixo Grillo", afinal os diário de Leticia e de Tadeu mostraram-me que ser professora vale a pena.

Inês Gonzaga.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Palavras-presente

Escrever para crianças e para adolescentes sempre é possibilidade de boas surpresas, por vezes, sem nem esperarmos, recebemos presentes em forma de palavras via e-mail, como o da Gabriela, aluna do Colégio Anchieta, aqui de Porto Alegre, que leu meu livro "Viagem ao redor de Felipe" (Ed.Projeto). Valeu, Gabriela!

Caro Caio
Eu me chamo Gabriela e tenho 11 anos. Quero, desde pequena, ser uma escritora. Quando decidi isso, no alto dos meus seis anos (ou seja, assim que aprendi a ler e escrever), comecei a inventar mil histórias. Umas eram só de uma página, outras nem sequer tinham três parágrafos... Quando fiquei um pouco mais velha, lá pelos nove anos, eu conclui que todas as minhas histórias não tinham fim e eu não podia ser uma escritora. De fato, elas não tinham, mas o que eu não sabia era que eu precisava de uma boa ideia; assim, teria uma boa história. Então parei de escrever. Fiquei dos nove até os onze anos sem nem sequer pensar em ser escritora.
Então, no dia 15 de abril de 2011, uma sexta-feira, você foi dar uma palestra no Colégio Anchieta. Vários outros escritores já tinham feito isso, mas foi você quem me chamou mais atenção. Quando cheguei em casa, no mesmo dia, encantada com suas histórias, lembrei-me do meu antigo sonho e comecei a escrever. E esta história surgiu de uma ideia tão boa que teve fim. É um esboço de história por enquanto.
Já comecei a aperfeiçoá-la e está ficando boa. Então, eu queria agradecer do fundo do meu coração a você, Caio, que fez uma grande diferença para mim. Já que você fez uma coisa tão boa sem nem saber, achei que eu tinha a obrigação de te contar. Então, muito obrigada por tudo.