quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um na estrada

A escrita de um livro, na maioria das vezes, desconhece a publicação. Lançar-se ao trabalho de dar vida a um personagem, de construir suas dores, sempre é mistério, pois a garantia de publicação, quando ele não é um pedido de uma editora, é apenas possibilidade. Quantos livros estão guardados em gavetas ou salvo em pastas de compuadores por esse mundão a fora? Assim, quando uma história encontra guarida em uma casa editorial, um dos motivos por que ela foi escrita — ir ao encontro de leitores — se realiza.


Pois esse mês recebi o Um na estrada, minha estreia individual na editora Melhoramentos.

Livro que surgiu de um encontro inusitado (e nunca mais repetido) com um jovem homônimo do meu personagem, que me encantou com sua visão whatever da vida: não trabalhava, julgava que jamais iria trabalhar, deixava-se aproveitar as oportunidades que a vida lhe dispunha, como, por exemplo, fazer um curso de desenho sem que jamais tivesse tal habilidade, sonho, desejo. A vida, pois, me apresentava ali, sem nenhuma máscara, um personagem fascinante. Personagem que pega a estrada, na tentativa de fugir da atmosfera familiar, que não lhe premia com coisa boas. Esse o meu Davi, esse o meu solitário na estrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que interessante!! Adoreeeei, beijão, Ju.