Confesso. Estou aqui hoje, incentivado pela chuva que cai lá fora, para confessar.
Sou capricorniano. Isso é sabido. Se não pelo tanto que apregoo isso, pela conferência da data em que nasci. Mas a confissão não é essa: sou capricorniano e uso desta premissa para referendar pensamentos, posicionamentos. Ao faltar a argumentação, me escondo na conjunção astral no momento de meu nascimento. E isso, se não justifica ações, pelo menos as explica.
Pois sou capricorniano e, por sê-lo, tenho esse viés racional, esse jeito de ver a vida sem muita emotividade. Sim, choro. Sim, me decepciono. Sim, me irrito e me indigno com certas coisas. Mas a armadura do capricorniano me impede de sucumbir, de me decepcionar totalmente. Afinal, lá dentro, bem no fundo, já havia um espaço para a presença da decepção, visto que ninguém, ninguém mesmo, por mais que se esforce, conseguirá suprir todas as expectativas de alguém.
Há males perdoáveis, penso. Mas há outros que fazem com que o bom capricorniano, apesar de não esquecer os bons momentos vividos (sou homem de memórias), impede que a convivência seja desejo novamente.
Não decepcione um capricorniano, se a presença dele for importância pra você (parece, esta última frase, um conselho de auto-ajuda, confesso, mas escrevo mesmo assim).
Sou capricorniano, confesso.
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Um comentário:
eu conheço alguns capricornianos assim...
Mas como sou escorpiana, a análise de uma situação astral é mais complexa xom mais variáveis...
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