sábado, 10 de julho de 2010

Nas teias da Maria Degolada

Uma história que conversa com o sobrenatural e que muito me encantou é a da Maria Degolada. Uma jovem alemã que, aos 17 anos, num piquenique com o namorado no Morro do Hospício, foi assassinada poe este. Degolada. Cabeça quase apartada do corpo. A jovem no caizão; o soldado Bruno na cadeia, e isso tudo em dias de fim de século: novembro de 1899, na minha cidade. O morro até hoje convive com a santa assombração da Degolada, confundida, talvez por ter o mesmo nome, com a mãe de Jesus.
Pois esse mês, em publicação pela Edelbra, e com ilustrações do Joãocaré, surge minha versão dessa lenda que encantou minha infância e que ainda perturba corações em noites de sexta-feira. Santa ou assombração? Ser do mal ou auxiliar mágico? Muitas as crenças e descrenças que rondam a lenda da Maria. Eu tenho lá as minhas, e as exponho em meu novo livro: Maria Degolada, Santa Assombrada.
Psiu. Silêncio. Muito silêncio. Está ouvindo? Oh, é ela, a Degolada. Ela vem chegando, a Maria Degolada vem bem devagarzinho. Mal não causa, mas e o medo?

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