quinta-feira, 14 de junho de 2018

Sobre prêmios literários


Um prêmio literário é sempre importante na carreira de um escritor, sobretudo se este prêmio tem a chancela de pessoas envolvidas e comprometidas com a literatura e o respeito de seus pares,  se este prêmio não pretenda apenas atiçar vaidades, fomentar preconceitos, unir gêneros e públicos distintos entre si.
Como se poderá estabelecer critérios de julgamento semelhante para produtos tão distintos, quer em sua natureza, quer em sua estrutura, quer em seus diferentes públicos? Um prêmio que se propusesse a isso, com certeza, não cumpriria sua função maior: a busca da lisura, da igualdade, da possibilidade de se construir como referência de qualidade àqueles que, por ventura, o tivessem recebido.
O prêmio Tapiti vem para somar. Ele respeita o diverso; ele saltita entre o diferente, colhendo as rosas, mas respeitando a importância do espinho; ele se alegra nas águas do Amazonas, mas também brinca pelo Pampa gaúcho e envereda por tantos sertões, por tantas searas, por muitos quilombos. Tapiti é respeitoso, é controverso, é plural. Tapiti é respeitoso. Tudo o que um prêmio deve ser. Tapiti não aproxima alhos e bugalhos, tentando encaixá-los em uma mesma caixinha. Tapiti premia alhos; Tapiti premia bugalhos.
Assim, neste breve discurso, quero agradecer à mentora deste prêmio, a diversa Penélope Martins, que me agraciou com premiação tão ímpar e me permitiu dizer estas breves palavras. Por fim, dedico esta honraria, ao querido casal das letras e das imagens (que elas se casam sim, complementam-se, com certeza, mas também têm lá suas especifidades): Volnei Canônica e Roger Mello.
Obrigado.
(espaço para os aplausos e para os saltitantes pulos de uma Tapiti no palco)

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