segunda-feira, 21 de abril de 2008

Ainda sopros do Vento de Letras

Diz aquela música do Milton Nascimento que o artista tem de ir aonde o povo está, eu, meio plagiando-o, costumo dizer que o escritor tem de ir aonde seu leitor está. E esses encontros entre escritor e leitores sempre é motivo de descobertas, de maravilhamentos (claro que vez que outra surge uma decepçãozinha, mas isso faz parte do viver...), de encantamentos. Quando criança, jamais tive um contato direto com um escritor, às vezes até achava que eles nem existiam. Hoje, graças a professores entusiasmados e a projetos como o Vento de Letras, de Osório-RS, tais encontros se tornam momento de troca — possibilidade de prazer, reflexão e transformação, como já disse Iser — e acabam enchendo olhos e coração com a fantástica magia que os livros contêm e promovem.
Quando estive na Escola Osvaldo Bastos, em Aguapés, Osório-RS, além da alegria do contato (já comentada em outro post), recebi alguns presentes. Entre eles, um bloco escrito e ilustrado pelos alunos da 3ª série da prof. Tatiana Stenzel. Cada desenho mais lindo que o outro, cada releitura de meu livro Um reino todo quadrado (Paulinas, 2007) mais imaginativa. Algumas delas, inclusive, deixando perceber nas entrelinhas leituras peculiares sobre o mundo todo quadrado e azul que minha imaginação criou. Abaixo, seguem a ilustração e a releitura feitas pelo aluno Dener. Coisa mais linda de se ver e de se ler.


Um reino todo quadrado
Lá no horizonte, nasceu um menino tão diferente que até os pais ficaram assustados e logo a mãe foi perguntando:
— Não é bom ter um filho diferente?
O pai pensou e falou:
— É muito bom.

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