segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Escrita e novidade

Escrever é ato criador. Não necessariamente no sentido de ser criativo, mas de criar mesmo. Aquela coisa de arquitetar um mundo, um universo de relações. E cada história construída acaba sendo tentativa de novidade, de dizer o sempre dito de uma forma ainda indizível: essa, talvez, a maior preocupação daquele que escreve. Afinal, tudo, dizem, já foi inventado. Já na Antigüidade Clássica, todos os conflitos foram abordados. O próprio Terêncio, em relação à retomada de alguns temas e personagens, discutia a falta de novidades das tramas e tipos humanos. Mas, enfim, aquele que ainda hoje se arvora a escrever tem que dizer algo de uma forma nova, nem que a atmosfera seja nova, a sensibilidade, o olhar perceptivo. Um novo olhar sobre o já dito talvez seja a receita da literatura. E alguns autores fazem isto tão bem...

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