Já vai longe a data em que troquei primeiras palavras com o Walmor Santos. Na verdade, antes de eu ser aproximação, muito li e ouvi falar sobre seu projeto de editar autores novos e de fazê-los ser conhecidos, através do contato com leitores: o Autor na Sala de Aula. Eu não era autor inédito. Já tinha dois livros infantis publicados, mas foi através da mão do Walmor que acabei, de fato, enveredando pelo mundo da escrita e fui tornando-me escritor. Foram vários títulos lançados pela editora dele, foram vários momentos de alegria, de troca e de conhecimento, foram muitos também os momentos de impasse, de divergência. Todavia, aprendi a respeitar e a gostar do Walmor, não apenas como escritor (meu preferido é o livro de contos A arte de enganar o medo), mas como um cara meio idealista, que, por ser muito aguerrido ao defender suas idéias, por vezes, acaba não agradando a muita gente. Creio, no entanto, que, por ser amigo dele e por querê-lo bem, devo sempre dizer-lhe o que penso e ouvir dele também suas convicções. Acho que por isso seguimos próximos e capazes de estendimento de mãos quando necessário. Amizade tem seu tanto de troca, mas também tem seu tanto de honestidade. Só assim poderá ser verdadeira.
Walmor é cara legal. Pessoa pra estar sempre do lado esquerdo do peito, como diria o Milton Nascimento. E, este ano, ele será homenageado com o troféu Palavra Viva, concedido pela Secretaria de Cultura do SINTRAJUFE-RS àqueles que se destacam no mundo literário gaúcho. Merecido.
(foto de Elaine Maritza - Eu, Dill e Walmor: finalistas do Açorianos juvenil-2004)
Nenhum comentário:
Postar um comentário