Vai-se um domingo, como vão-se as pombas do pombal. O voo é lindo, no entanto deflagra uma ausência de arrulhos.
Ficamos, pois, inertes a observar o momento que passa, sem outra opção que não apenas tentar guardá-lo como lembrança. E esse ir é constante, sempre e sempre. Vamos nos enganando, fingindo não ver a ruga que marca o tempo no rosto, a neve que tinge um e outro fio de cabelo, o corpo que já não tem o viço de antes. Seguimos em frente, porque nada mais resta mesmo senão seguir. Guiados pela mera ilusão de que somos senhores do tempo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário